Com festa e goleada, Zico se despede do Maracanã
Zico
se despediu do Maracanã com estádio cheio, a torcida feliz, samba e
muito calor no Rio de Janeiro, em um típico sábado de verão na cidade.
Mas nenhum sol forte foi capaz de afastar os cerca de 60 mil
rubro-negros que compareceram ao estádio, onde pintaram as arquibancadas
de vermelho e preto e animaram o amistoso do início ao fim. Toda a
festa rubro-negra em homenagem ao Galinho foi recompensada com momentos
de brilhantismo em campo e a vitória do time do anfitrião por 7 a 3.
Antes mesmo de Zico entrar em campo, a bateria da escola de samba
Imperatriz Leopoldinense animou a torcida com o samba enredo que vai
homenagear o ex-jogador no Carnaval de 2014, dando um toque cada vez
mais carioca à festa. A noite era mesmo de Zico. Tanto que apesar das
dores no joelho, que o acompanham desde a aposentadoria como jogador,
ele abriu o placar no amistoso. O Galinho invadiu a área pela esquerda,
saiu do goleiro e chutou sem chance de defesa, fazendo o estádio vibrar,
logo aos quatro minutos de jogo e fez os mais nostálgicos se lembrarem
da época em que a camisa 10 do Flamengo era dele e de mais ninguém. Uma
vez o placar aberto, o time dos Amigos do Zico decolou em campo e não
mais deu espaço para a o time das Estrelas do Brasil. Em outra
demonstração de belo futebol, Zico passou para Hernane, que tabelou com
Romário, que invadia a área para marcar o primeiro dos seus três gols no
jogo.
A festa só mudou um pouco de tom quando Renato Gaúcho ou Conca
tocavam na bola pelo time do Estrelas do Brasil. A torcida fez destes
momentos a partida festiva um Fla x Flu, mas sem o Tricolor em campo:
ouviam-se gritos de "ão ão ão Segunda Divisão" e "o Fluminense é a
vergonha do Brasil", em referência ao fato do rival não ter caído para a
Série B de 2014 por causa de uma decisão do Superior Tribunal de
Justiça (STJD). Um dos poucos momentos em que o Maracanã ficou calado
foi justamente no gol de Conca para o time das Estrelas do Brasil, ainda
no 1º tempo.
A noite era de Zico, mas o Baixinho também queria matar saudade do
Maracanã. Seu típico oportunismo na grande área rendeu três gols no
amistoso e vários aplausos calorosos da arquibancada, que foram
retribuídos por ele em campo. E a cada substituição os abraços dos
amigos que estavam em campo se multiplicavam, entre gritos de "Ei ei ei,
o Zico é nosso Rei", a alegria no gramado e nas arquibancadas foi a
tônica da despedida do maior artilheiro que o Maracanã já teve.
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